terça-feira, maio 10, 2011

Posar nua...

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Olha que bacana a matéria que encontrei Aqui , sobre a importância que dedicar um tempo e presentear a si mesma:


Revista Metropole
Já pensou em posar nua?
Ensaio: elas não são “modelos-atrizes-apresentadoras”, mas adoraram tirar a roupa para produzir book de fotos sensuais



Elisandra Gomes
Elisandra Gomes
 Sammya Araújo sammya@rac.com.br
Elas não são sheilas, priscilas, carlas, claudias nem veras. Algumas podem ser homônimas, embora também sejam anônimas. Mulheres comuns, que resolveram, tais como as modelos-atrizes-apresentadoras que já expuseram os corpos em páginas de revistas de circulação nacional, posar nuas para um ensaio fotográfico. Mas a motivação não foi um cachê milionário, tampouco a fugaz fama. Pelo contrário. A intimidade é o seu palco.

“Para mim, foi uma questão de redescobrir a feminilidade”, revela a cantora Patrícia Marchiori, de 43 anos. Descasada há três anos, após uma separação emocionalmente conturbada, ela diz ter decidido fazer as fotos num rompante. Depois, ficou adiando a sessão com a desculpa de estar “pra baixo”. Ora era o cachorro doente, ora uma indisposição… na verdade, o que a travava era o medo de si mesma.

“Mas o fotógrafo me convenceu de que não havia melhor remédio para elevar a autoestima. Ao final, até brinquei com ele, perguntando se no preço estava incluída a terapia. Porque me fez um bem enorme, redefiniu minha autoimagem como mulher”, afirma.

Se algum privilegiado pôde apreciar o resultado? “Estou solteiríssima e mostrei só para algumas amigas. Foi engraçado, porque sou supertímida, comportada”, conta a cantora, que faz parte do grupo Serenata Brasileira. “Meus pais nem sabem que fiz as fotos”, acrescenta Patrícia, garantindo informar-lhes antes que a publicação desta entrevista causasse-lhes espanto.

Ao acompanhar uma amiga que passou pela mesma experiência, a publicitária Sandra Regina Shimabukur, de 31 anos, inspirou-se a imitá-la. Mas hesitou a mais não poder em ficar totalmente pelada. Sua ideia inicial era fazer uma espécie de editorial de moda, para o qual despencou com o closet a tiracolo no estúdio.

“Não tenho muito dom para a coisa. Por isso queria ficar vestida, então trouxe todas as minhas roupas e fui trocando os visuais. Mas acabaram acontecendo naturalmente poses mais ousadas. Procurava algo leve, nada apelativo. Acho que consegui”, avalia.

Encarar seus limites foi de grande valia, segundo Sandra, que agora guarda as fotos como um troféu pessoal. “Poucas pessoas viram e estou sem namorado. Fiz para mim mesma“, diz a publicitária, que, descendente de nisseis conservadores, escamoteou um pouco o teor do projeto para a família. “Os meus pais sabem somente que eu fiz um book. Não viram as fotos mais picantes”, diz, também prometendo contar-lhes, antes que a Metrópole o fizesse.

Como Patrícia, Sandra exalta os efeitos benéficos do exercício exploratório da própria sensualidade. “Não digo que você sai se sentindo uma Gisele Bündchen, mas uma modelo, sim. É uma massagem no ego, como poucas coisas conseguem fazer”, comemora a publicitária.

Outra a provar e aprovar o método levanta-moral foi a consultora de informática Elisandra Gomes, de 33 anos, que alimentava o desejo de posar nua desde a faculdade, mas na época tinha vergonha de se mostrar a um fotógrafo. Há poucos meses convenceu-se de que chegara a hora de “congelar” o tempo.

“Minha decisão teve um pouco, sim, a ver com a idade. Quis aproveitar essa fase, em que estou segura com o meu corpo. Fiz para guardar de lembrança”, conta Elisandra. Ver-se belamente imortalizada em imagens sensuais foi um bálsamo para a alma. “Mexeu de verdade com a minha autoestima. Fiquei mais de uma semana ‘passada’ de felicidade”, comenta.

Pais e alguns amigos de Elisandra já viram o produto final, que um futuro felizardo terá também a oportunidade de apreciar. “Quando arrumar um namorado vou mostrar a ele. É uma boa ferramenta de marketing pessoal”, brinca a consultora.

Filão em crescimento
O autor dos ensaios de todas as entrevistadas foi o publicitário Marcus Steinmeyer, que, ao fazer há pouco tempo uma sessão dessas para uma amiga que vive em Portugal, acabou por descobrir um autêntico filão. A propaganda correu de boca em boca e Steinmeyer, que ainda atua como diretor de arte em agências, começou a levar a coisa a sério. Apostou em seu senso estético apurado e abriu um estúdio especializado no tema em Campinas.
“Pesquisei e descobri que havia um negócio em ascensão. Para mim é algo novo e não sabia o quanto tantas mulheres tinham vontade de fazer isso. Fiquei impressionado”, reconhece.

Ressalte-se, porém, o que ele preza. “O nu e o sensual estão bem próximos ao vulgar e ao brega. Não faço nada explícito, nem que me peçam, pois não trabalho com sexo. É preciso ter muito cuidado, olhar treinado e bom gosto. Creio que, por eu gostar muito de arte, me facilita ver a diferença”, analisa.

Ele diz que suas clientes são “mulheres comuns”, com idades entre 20 e 50 anos e o desejo de “traduzir em imagens sua relação com o próprio corpo”, para guardar para si mesmas ou presentear alguém.

Para ajudar a vencer a resistência ou a timidez das que não conseguem se imaginar tirando a roupa diante de um homem estranho – ainda mais “armado” com uma câmera fotográfica – Steinmeyer oferece garantias e reserva estratégias para deixar-las à vontade. Tudo começa com um bate-papo para detectar “até onde ela quer ir” e quais são as suas expectativas. Depois tem mais.

“Em hipótese alguma fico sozinho com a modelo. Uma produtora permanece o tempo todo durante a sessão, e, quando o pacote inclui, a maquiadora também. Ela ainda pode trazer uma amiga ou o parceiro para participar”, conta.

Um espelho para que a fotografada se veja posando, música para desinibir e dar o clima, uma direção delicada e até sessões em ambientes externos ao estúdio são outras formas de garantir bons resultados. “Temos alguns parceiros para locação, como um motel, um hotel e um salão de eventos”, comenta. O figurino fica a critério da modelo, mas a produção dá dicas e indica lojas.

De resto, é posar, posar e posar, aguardar o produto final e se deliciar – e deliciar o amado – com o momento eternizado. Ah, vale dizer que o fotógrafo trata digitalmente parte das fotos, mas recomenda que a naturalidade dê o tom. “Uma mega-power-lipo não é legal. O melhor é apenas corrigir algumas leves imperfeições de pele”. O Photoshop que se recolha à sua insignificância.

Entre em contato e confira!!!


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"Fotografar é colocar numa mesma mira a cabeça, os olhos e o coração."



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