quarta-feira, fevereiro 08, 2017

Por Trás das Lentes

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Quero me apresentar para vocês:
- Prazer! Meu nome é Olinda Mendanha e sou a fotógrafa e criadora do Ensaio La Femme.
Quero contar um pouquinho de mim para vocês, já que, ultimamente, tenho conhecido minhas clientes no dia do ensaio e elas sempre se surpreendem ao me verem. Dizem que esperam encontrar uma mulher com aparência mais madura...
Então começarei com aqueles detalhes padrões: tenho 32 anos de idade, sou formada em direito e exerço a advocacia, no ano passado fiz uma formação em Coaching e também conduzo processos de Life Coaching e desde o ano de 2013, atuo profissionalmente no campo da fotografia feminina.
Sou a primeira filha e tenho uma irmã e um irmão e eles já me presentearam com duas sobrinhas lindas e esse ano vem o nosso primeiro menino, sou apaixonada por eles (a tia mais ‘chata’ e a mais amada rsss). Sou geminiana, comunicativa, curiosa, sonhadora e extremamente apaixonada pela vida. Adoro viajar, adoro tudo o que é belo. Adoro alegria. Dificilmente permaneço muitas horas tristes. Como estudiosa de mim mesma e por toda a energia positiva do Universo, escolho sempre ver o lado bom de tudo, de tudo mesmo. E quem me conhece pessoalmente, pode confirmar isso. Então, sei que um suposto momento de dificuldade, é só um momento e vai passar, então eu não me envolvo com ele, sendo assim, sou uma pessoa que sempre opta pela felicidade.
Acredito que chegará o momento em que todos nós optaremos por essa condição... Ver o mundo com leveza, com os olhos do Amor.
A minha fotografia surgiu em um momento muito especial. Eu ainda não sabia que era uma missão, que seria um dos instrumentos que eu poderia usar para encontrar a beleza de qualquer mulher. Não me pareceu um dom, foi uma opção.
Quando me deparei com uma câmera ‘profissional’ nas mãos, desejei ter uma. Naquele momento, a única coisa que pensei foi em ter fotos com resoluções melhores. Quando conquistei a minha primeira e dei meus primeiros ‘clics’, não vi mágica, não vi poesia, não vi nada de espetacular. Só vi uma foto com resolução melhor. Fim!
Aquilo me deixou intrigada, afinal, eu tinha uma câmera super potente na mão e não tinha nenhuma foto linda... E então, fui atrás de conhecimento e busquei cursos, pessoas, livros, enfim, tudo o que pudesse me ensinar sobre meu equipamento e composição fotográfica.
Depois, estando com o tal equipamento profissional na mão e já achando que eu sabia muito sobre fotografia, resolvi que deveria fotografar, fazer dinheiro, afinal, já que aquilo custava caro, me parecia óbvio fazer com que ele se pagasse. Mas como?
Foi quando uma colega me disse que estava pensando em algo diferente para presentear o marido no aniversário de casamento deles. Como um relâmpago na cabeça, eu já disse: e se você presentar ele com um ensaio sensual, daqueles tipo ‘Playboy’? Ela comprou a ideia na hora. Marcamos tudo, escolhemos a locação, fui com uma colega pra fazer ‘parte da equipe’ e no dia não sabia quem estava mais nervosa: eu, ela ou a colega que também fotografava.
No fim deu certo, aliás, mais que certo. O ensaio dela ficou ótimo pro contexto. Ela ficou feliz, eu fiquei feliz e o marido mais feliz ainda. Todos nós saímos ganhando e naquele momento eu ainda vi que realmente dava pra ‘ganhar dinheiro’.
Montei um Blog, me intitulei “Photography” e fiquei esperando as ‘clientes’ aparecerem... Mas não parei de estudar e vez ou outra fazia umas fotos ‘de graça’ para ‘treinar’ e ter material de divulgação. Genteeeee..... Fui olhar no meu Blog e descobri que isso foi em 2011 :o . Claro que eu não tinha tanta foto assim para ‘alimentar’ o Blog, e algumas clientes não cediam imagens, então fui mixando o trabalho com matérias, dicas, enfim... me virando com o que tinha.
Aquela primeira cliente me indicou pra uma cunhada, as amigas conhecidas foram compartilhando a ideia e aos poucos me vi com ensaios agendados. Em 2012 fui para SP e participei do Nu Photo Conference - O Primeiro Congresso de Nu e Sensualidade da América Latina. Nossa... que divisor de águas, naquele momento eu percebi que não sabia de nada rsss. Voltei mais desanimada do que animada, afinal, eu não tinha aqueles equipamentos ‘tops’, aquele tanto de acessórios e aquela experiência dos fotógrafos maravilhosos que estavam lá.
Ainda com toda aquela ilusão, fui apenas me dedicando mais e lutando com o que tinha, e acreditem, já era muito... Uma super câmera e um flash... Tinham fotógrafos profissionais que não possuíam o meu equipamento. Mas comprei uma lente nova, mais clara e assim comecei a devolver todo o dinheiro que ganhava para a própria fotografia (e que hobby caro eu fui arrumar).
Ainda em 2012, decidi que precisava de um nome, afinal, a minha ‘revista’ tinha que ter uma marca, não dava pra escrever só ‘Sensual’ na capa, porque nunca quis imitar nenhuma revista famosa no mercado. Como é sofrido achar/escolher um nome! Depois de muita pesquisa, muita energia, muita dor de cabeça, escolhi - LA FEMME (que significa A Mulher no idioma francês). Vou pular a parte de identidade visual... Se eu já achei difícil escolher o nome, imagine só o que é ver seu ‘filho’ ser criado. Expectativas frustradas toda vez que um ‘profissional’ dizia ter terminado a logomarca... Nossa... Prefiro me lembrar de quando finalmente uma Agência (que infelizmente não existe mais), me apresentou a minha marca, chorei de emoção. Foi lindo! Como se o tal filho tivesse nascido naquele momento.
De repente eu já estava fotografando mulheres não só de Goiânia, começaram a me procurar de Brasília, do Rio de Janeiro, interior de Goiás e tudo o que eu tinha era um Blog e coragem para divulgar “Ensaios Sensuais para Mulheres Comuns”, o que era meio que novidade naquele ano, mas como eu tinha decidido que só iria fotografar aquele estilo, tinha mais era que meter a cara mesmo.
Em 2013, eu me decidi: vou profissionalizar. E ai comecei a me dedicar integralmente a fotografia. Eu já era formada em direito, mas não exercia a profissão e nessa época eu trabalhava num comércio familiar e que estava longe de ser o que mais gostava de fazer. Foi quase uma declaração de independência. Meu pai não gostou muito, minha mãe ficou com dúvida, o namorado apoiava, mas dizia que não dava muito futuro ser fotógrafa... Fui assim mesmo!
Comecei também a fotografar grávidas nesse momento, pois clientes que haviam feito o ensaio sensual, diziam que queriam o meu olhar na gestação... Disse muitos nãos no início (não me sentia segura), mas fiz o primeiro e pronto, bastou esse para me apaixonar pelos ensaios nesse período sublime que é a gravidez. O meu primeiro registro num centro cirúrgico então, vendo aquela vidinha ali nascer, nossa, indescritível! E eu nunca tinha entrado num centro cirúrgico antes...
De lá pra cá, criei site, brindes, fiz parcerias, gravei matérias, enfim, toda uma identidade visual foi construída. Contratei uma agência para gerenciar as mídias sociais, comecei uma sociedade que não durou nada, personalizamos papelaria, layout...
Em 2014, nasceu o estúdio. Me pareceu óbvio parar de atender as clientes em suas residências ou nos cafés e ter um espaço personalizado. Foi um ano intenso e de muito, muito aprendizado. Muitas clientes, muitas experiências.
No final do ano de 2015, resolvi encerrar o ciclo da faculdade e finalmente fazer o exame da OAB, passei de primeira e percebi que já tinham se passado 7 anos desde a formatura. Minha vida pessoal passou por transformações. A fotografia me proporcionou força e muita segurança nesse período. Conheci pessoas que levarei pra sempre. Tenho conversas, conselhos, momentos de confidências e apoio que jamais me esquecerei, também criei laços de amizade e alguns ciclos se fecharam.
Sobre a vida ser cíclica, sempre que algo se encerra, abrimos espaço para o novo começar. E já no início de 2016, fiz minha formação em coaching. A intenção inicial era só mesmo usar as tais ‘ferramentas’ de maneira indireta, para melhorar o trabalho e talvez aprender para mim mesma... Mero engano... Participar dessa formação não só me trouxe conhecimento, como mudou minha própria vida. Me reconectei comigo, minha essência, encontrei ‘respostas’ para minhas indagações pessoais, aprendi mais sobre minha missão de vida. Me redescobri.
Foi uma ano intenso. Não só no trabalho, mas no gerenciamento de três profissões. Muitas viagens, muita coisa nova, muitas pessoas novas, muito, muito aprendizado. Percebo que para alguns foi um ano de crises, um ano difícil - eu não me encaixo nesse contexto, não ouso reclamar, só agradeço.
E aqui estamos, 2017!!! Para esse ano eu resolvi não controlar nada, apenas deixá-lo fluir e me envolver com as coisas que comecei e acredito.
Profissionalmente falando, não consegui me limitar a uma só profissão, me colocar no senso de que “só se é bom quando de se dedica em uma coisa só”. Sou uma pessoa apaixonada, já disse, e exerço profissões distintas mas que tem no fundo a mesma finalidade: tocar de maneira positiva a vida de outra pessoas.
No direito, o primeiro requisito para aceitar uma causa é: acreditar nela. Não promovo o que considero injusto ou não faz meu coração vibrar. Participo ainda da Comissão de Conciliação, Mediação e Arbitragem da OAB/GO, porque já me identifiquei de natureza mediadora, não gosto de conflitos e quando estou diante de um, após um tempo de análise, sempre dou um jeito de resolve-lo. Pro meu cliente, quando o uso o exercício do direito como profissão, quero proporcionar segurança jurídica, senso de justiça. Luto por isso junto com ele.
Como Life Coach, minha intenção é proporcionar um reencontro mais profundo com a essência do meu coachee. A ferramente é o coaching e o propósito é a reconexão consigo mesmo. É parar e perceber que temos todas as respostas dentro de nós, sou apenas a profissional que te ajudará a organizar isso tudo, fazer as perguntas certas e te incentivar na construção de um novo caminho, numa maneira diferente de encarar a vida. Qualquer que seja a situação, encontrar soluções.
A fotografia -bom a fotografia - é o livro que escrevo com imagens. Meu objetivo com a fotografia feminina é proporcionar a cada mulher uma nova visão de si mesma. Direi sempre que é o ‘se ver com o meu olhar’. Somos muito críticos com a gente mesmo, nossos piores julgadores. Dificilmente aceitamos que a beleza está muito além do que vemos e é maravilhoso quando alguém de fora nos mostra o que temos de lindo e nos faz ver assim também. A fotografia é minha ferramenta, a imagem é o que fica, mas na realidade, a minha missão é mudar por dentro, é fazer com cada cliente perceba que é única e ser único é o maior poder que temos. Num momento em que nos induzem a sermos tão iguais, a fazer e pensar como a maioria, aceitar a sua unicidade e ver beleza nisso é um grande desafio. Sendo assim, esse também é o meu próprio desafio, registrar com carinho e exclusividade a imagem do que você é agora e perceber que não existe época melhor do que essa, pois o presente, como o próprio nome já sugere, é o nosso maior presente.
Embora com muitas linhas e mesmo reduzidamente, aqui está um pouco de mim, da história que construí e um pouco do que me tornei.
A intenção é, que agora, eu já possa ser um pouco melhor do que fui no segundo passado e me sinto extremamente grata ao cruzar com outras pessoas e ainda ser a escolha delas para, independente do contexto, deixar um pouco de mim.
Obrigada.
E novamente prazer,
Olinda Carmem Mendanha.


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"Fotografar é colocar numa mesma mira a cabeça, os olhos e o coração."



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